Santo Antoninho, estais só?
Deixais-me molhar o pão
No vosso grijó?
O sacristão da capela ia sempre achar a lâmpada seca, até que resolveu um dia espreitar quem ia beber o azeite.
O preto voltou e tornou a dizer:
Santo Antoninho, estais só?
Deixais-me molhar o pão
No vosso grijó?
Nisto o sacristao responde: "não".
E o preto, parecendo-lhe historia, disse:
Santinho di pau a falá?!
Hei-de molhá e torná a molhá!
O sacristão saiu do esconderijo e bateu tanto no preto que ele não voltou mais a molhar o pão no grijó do Santo.
(conto oriundo de Coimbra e recolhido por Adolfo Coelho na sua obra Contos Populares Portugueses).
(imagem de Santo Antonio no altar de uma capela com invocaçao do Santo na cidade de Rio de Janeiro, Brasil)
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