Seja bem vindo se vier por bem!

----------------------------------------------------------------------------Breve do El Mano---------------------------------------------------------------- Seja bem vindo se vier por bem! Este é um pequeno Museu virtual que decidi criar no ínico de 2011, essencialmente dedicado á vida e á preservação da memória de Santo António. As peças que aqui irá visualizar são na sua grande maioria dedicadas ao seu culto e devoção. Desde há alguns anos que venho a juntar e a colecionar todo o tipo de peças e memórias sobre "Il Santo". Espero que seja do seu gosto caríssimo visitante, que aprecie tanto quanto eu esta sua visita e demore o tempo que desejar... Boa visita El Mano Del Tajo "Ars Longa, Vita Brevis!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

O “militar” Santo Antonio e a tomada de Oran…duas curiosas gravuras!!!!


Duas gravuras setecentistas (origem germânica) da minha coleção representando Santo António envergando espada, chapeu e bastão militar…
Inscrita numa delas no reverso um curioso trecho de uma partitura musical com letra e musica desconhecidas…


 
A segunda gravura....
 

 

Sobre estas duas curiosas gravuras cito aqui o estudo/livro de Jose Pinto Aguiar “Santo António de Lisboa Oficial do exercito e herói nacional”
“…Sob o ponto de vista militar _um dos aspectos mais sugestivos de que se reveste o seu culto _foram-lhe prestadas honras não apenas em Portugal, no Brasil, em Africa, Macau e na India, mas, até em Espanha, onde após a reconquista da praça de Oran aos mouros, Filipe V lhe concedeu o título e o soldo de almirante.
O franciscano Frei Beda Kleinschimdt, no seu livro Antonius von Padua, conta-nos a propósito, uma formosíssima lenda.
Ouçamo-lo:
“_Depois da expulsão definitiva dos mouros da peninsula ibérica, os espanhois conquistaram a cidade de Oran, na Africa do Norte, a qual porém, lhes foi arrancada pelo Bey da Algéria em 1708. Por causa das piratarias praticadas na costa africana, a Espanha tentou diversas vezes, sem alcança-lo, apoderar-se, de novo de Oran. Em 1731, o rei Filipe V deu ordem ao almirante Mondemar de empreender, para esse fim uma nova expedição.”
Parece, porém que o almirante, não confiando demasiado no êxito da empresa, por considerar a praça inexpugnável, assim o ponderou ao rei.
Filipe V teria insistido e Mondemar partiu então a desempenhar-se a tarefa que lhe foi confiada.
Ao chegar a Alicante, na Espanha meridional, desembarcou e fez rezar na igreja de Santo António, missa solene em acção de graças pelo seu padroeiro.
Finda a cerimónia _ continua Frei Beda_, subiu ao altar do Taumaturgo e dêpos-lhe, sobre a cabeça, o seu chapeu de plumas, pendurou-lhe, no ombro, a insígnia de almirante, cingiu-o com a sua espada e colocou-lhe na mão o bastão de comando.
Em seguida, implorou a protecção do Santo Português para as armas de Espanha. Dizendo-lhe:
_”Sois vós, ó Santo António, quem deverá conquistar Oran; eu não tenho forças para isso. D’aqui por diante, ó Santo António, sereis vós o Almirante e eu o vosso soldado!!”
Ao outro dia, a esquadra largou com rumo a Oran.
Navegando cautelosamente e já á vista da fortaleza, tudo se preparava a bordo para o combate.
A praça porém encontrava-se desprovida de soldados, quase completamente deserta, e o desembarque pode fazer-se, sem ser derramada uma única gota de sangue, graças a um milagre de Santo António.
_”Antes da frota surgir no horizonte_ assim o descreveram uns velhos mouros, a quem não foi possível fugir da cidade _ apareceu-nos um frade franciscano, tendo na cabeça um chapeu de plumas, como usavam os almirantes espanhois, na cinta uma espada e na mão um bastão de comando: o frade ameaçava a cidade de destruição completa, se não se rendesse sem combate”.
Em memória do feito _ ordenou Filipe V que daí para o futuro se pagasse sempre ao convento de Santo António de Alicante, uma esmola correspondente ao soldo de um almirante da marinha de guerra espanhola.
Esta é foi uma lenda muito divulgada pelos países católicos com especial enfoque na Alemanha, aliás estas duas gravuras denotam essa particulariedade pois as legendas que as acompanham são em língua germânica.  

 
 
 
 

1 comentário: